Sabe aqueles dias que a polícia tá correndo atrás de você, a gerente do banco só falta deixar scrap no seu orkut e as contas não param de chegar? Mas mesmo assim você está numa crise tão grande, que se não comprar alguma coisa, tem certeza que não chegará vivo no fim do dia. Pois é, eu também passo por isso!
E além de tudo você começa, no meio do shopping, a fazer contas de subtração, divisão e multiplicação de contas, mesmo tendo feito uma faculdade de artes. Tudo se transforma num grande infeno psicológico. É preciso adquirir algo! Já não importa o que você entrou pra comprar, se você precisava, se ia usar algum dia e sim o quanto ainda te resta pra gastar. Seu objetivo é dar um "golpe finalizador" no seu cartão pra ver se ele para de te incomodar!
Aí então, você encontra o que queria, ou o que pensava que queria: um cd, mas não um cd comum como os 756 que você tem na sua casa, o que você encontra é O SENHOR DOUTOR DE TODOS OS CD'S, aquele que até o momento você nunca soube que existia e agora não consegue saber como viveu até hoje sem ele. Como aquelas músicas que são praticamente a trilha sonora da sua vida, conseguiram ser compostas, mixadas, remixadas, letradas e tal, sem que você estivesse presente? Como você nunca soube que aquilo existia? Então você toma a decisão, ou melhor, sua carteira e sua cabeça de inferno astral tomam a decisão: "Vamos comprar!".
Você segura o cd com as mãos trêmulas, mal consegue andar até o caixa, procura apoio nas gôndolas, entrega o cd para a "mocinha" e esta, com o ar mais comum do mundo, pergunta a forma de pagamento... Ao abrir a carteira, as traças jogam truco na parte onde era pra ter dinheiro, o canhoto do seu talão tem uma cifra que começa com um sinal de menos, seus cartões te olham com cara de "eu-não-pegue-o-do-lado", você finalmente escolhe um e entrega. A "mocinha" pede pra você digitar a senha, sim o cartão que você pegou era de débito, mas na hora que você se dá conta do que está acontecendo a senha simplesmente some da sua mente. A "mocinha" não entende e pede de novo, branco total, você digita qualquer coisa pra não ficar chato, senha errada. A fulana está se transformando em um monstro diante dos seus olhos, você digita outra coisa, senha errada novamente. Chega então a sua última chance, a loja inteira olha pra você, os números da senha parecem estar sendo digitados em câmera lenta, tipo filme do Jonh Woo, ao apertar a última teclinha aparece naquela pequena tela de cristal líquido a frase: senha inválida, cartão cancelado por motivo de segurança.
Sua vergonha é tanta, a cara da ogra que está atrás do balcão é tão feia que você tem medo de olhar, seu cartão inválido te aponta rindo e o cd tão desejado parece mofar na sua mão. Você devolve o cd no balcão, fala qualquer merda pra ogra e sai de novo no corredor do shopping. Mas você sente que alguma coisa mudou em você, passou a ânsia de comprar, passou o nervoso e os deuses do inferno astral parece que se saciaram com o que você passou... Finalmente dá pra respirar tranquilamente, fumar um Marlboro Light, tomar um café e ir embora feliz. Tá vendo? Há males que vem pra bem.
E além de tudo você começa, no meio do shopping, a fazer contas de subtração, divisão e multiplicação de contas, mesmo tendo feito uma faculdade de artes. Tudo se transforma num grande infeno psicológico. É preciso adquirir algo! Já não importa o que você entrou pra comprar, se você precisava, se ia usar algum dia e sim o quanto ainda te resta pra gastar. Seu objetivo é dar um "golpe finalizador" no seu cartão pra ver se ele para de te incomodar!
Aí então, você encontra o que queria, ou o que pensava que queria: um cd, mas não um cd comum como os 756 que você tem na sua casa, o que você encontra é O SENHOR DOUTOR DE TODOS OS CD'S, aquele que até o momento você nunca soube que existia e agora não consegue saber como viveu até hoje sem ele. Como aquelas músicas que são praticamente a trilha sonora da sua vida, conseguiram ser compostas, mixadas, remixadas, letradas e tal, sem que você estivesse presente? Como você nunca soube que aquilo existia? Então você toma a decisão, ou melhor, sua carteira e sua cabeça de inferno astral tomam a decisão: "Vamos comprar!".
Você segura o cd com as mãos trêmulas, mal consegue andar até o caixa, procura apoio nas gôndolas, entrega o cd para a "mocinha" e esta, com o ar mais comum do mundo, pergunta a forma de pagamento... Ao abrir a carteira, as traças jogam truco na parte onde era pra ter dinheiro, o canhoto do seu talão tem uma cifra que começa com um sinal de menos, seus cartões te olham com cara de "eu-não-pegue-o-do-lado", você finalmente escolhe um e entrega. A "mocinha" pede pra você digitar a senha, sim o cartão que você pegou era de débito, mas na hora que você se dá conta do que está acontecendo a senha simplesmente some da sua mente. A "mocinha" não entende e pede de novo, branco total, você digita qualquer coisa pra não ficar chato, senha errada. A fulana está se transformando em um monstro diante dos seus olhos, você digita outra coisa, senha errada novamente. Chega então a sua última chance, a loja inteira olha pra você, os números da senha parecem estar sendo digitados em câmera lenta, tipo filme do Jonh Woo, ao apertar a última teclinha aparece naquela pequena tela de cristal líquido a frase: senha inválida, cartão cancelado por motivo de segurança.
Sua vergonha é tanta, a cara da ogra que está atrás do balcão é tão feia que você tem medo de olhar, seu cartão inválido te aponta rindo e o cd tão desejado parece mofar na sua mão. Você devolve o cd no balcão, fala qualquer merda pra ogra e sai de novo no corredor do shopping. Mas você sente que alguma coisa mudou em você, passou a ânsia de comprar, passou o nervoso e os deuses do inferno astral parece que se saciaram com o que você passou... Finalmente dá pra respirar tranquilamente, fumar um Marlboro Light, tomar um café e ir embora feliz. Tá vendo? Há males que vem pra bem.
2 comments:
Ah, vá! Você estava me espionando no shopping!
Assim não vale!
O amadurecimento provocado pela idade está lhe fazendo muito bem.
JU...
Não tem coisa melhor do que conseguir resistir ao impulso da compra...é difícil, mas dá pra dizer: é, eu sou foda! ;)
Beijo.
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