Qualquer paulistano que se preze, no inverno, não vai à baladas, nem a eventos que começam tarde, nem vai tomar um chop num bar aberto e muito menos ficar conversando no relento. No inverno o paulistano frequenta um lugar que eu não ví ser tão frequantado assim em nenhuma cidade do mundo, um lugar que é sempre cheio de conhecidos, sempre legal, sempre quentinho e sempre acolhedor. Esse lugar é nada mais, nada menos que a "Casa dos Outros". Não tem nada mais gostoso, quando nos dias que você tem aquela obrigação de sair, um amigo te liga e diz que vai fazer um "esquentinha" em casa. Na boa, além de "esquentinha" no inverno ser o que todo mundo quer, são daí que saem as melhores conversas, as melhores aspresentacões e as melhores demonstrações de intimidade que alguém pode ter com os amigos.
Claro que eu ando frequentando alguns desses esquentas nessas semanas de frio, e me surpreendi em um que fui sábado na casa de um grande amigo, peloe squenta em sí e pelas conversas que rolaram. Sabe aquele lugar que está perfeito? Que está quase todo mundo que você gosta de papear? E que ainda chegam algumas boas novas aquisições? Então, era lá mesmo que eu estava no sábado.
O papo da noite passeou por diversos assuntos e por diversos mundos, festas, trabalho, gente chata, gente legal, gente de um modo geral, moda, religião, música boa, mulheres, homens, sexo e tinha que acabar caindo no assunto padrão de ultimamente entre solteiros que eu conheço: relacionamentos. Num dado momento, onde a maioria já estava sem sapatos, com as pernas se esquentando em baixo de cobertores, uns deitados, uns encostados, uns deitados nos outros, uns encostados nos outros, uns bebendo pra esquentar e todos decididos a não sair dali, um amigo daqueles que é sempre o que arremata conversa, disse: "Nós não podemos sair de casa com a cabeça de que vamos conhecer alguém pra namorar. Namoro é igual amizade, acontece e tem que se deixar acontecer. Não saímos de casa com a cabeça de hoje-vou-conhecer-um-grande-amigo, então porque fazemos isso com namoros?".
Essa frase só não mexeu mais comigo, porque eu também acredito que não podemos saír com essa cabeça, mas esse papo de deixar acontecer como uma amizade, eu sinceramente nunca tinha pensado. Nós nunca acordamos e pensamos em conhecer melhores-amigos, eles simplesmente acontecem. Quando você olha pro lado ele tá lá, sem você perceber, sem pedir licença e sem dar a menor bola pro que você "acha da relação". Com namoros também tinhamos que pensar da mesma maneira. Uma boa reacão seja ela uma amizade ou um namoro, tem que simplesmente acontecer e tem que acontecer sem a gente esperar, bobamente e sem programação e tem que depender também de um pouquinho de sorte. Óbvio que não é ruim depender da sorte, pense em quantos amigos você não conheceu de jeitos estranhos, em situações estapafúrdias, apresentados por alguém que hoje já não faz mais parte do meio e que você só conheceu devido à sorte. Com namoros também pode ser assim.
Pensar em namoro como apenas mais um tipo dos tantos tipos de relacionamento que você tem só tira o peso da história. E pra variar tirar o peso é sempre bom, a gente deixa de encarar as coisas com pesar, se torna mais bonito, atraente e uma presença mais agradável. Vejo nisso um bom modo de enxergar as coisas, um modo de se manter aberto para a vida e para o que ela lhe oferece o tempo todo, tanto pra conhecer um grande amigo, quanto pra namorar.
Claro que eu ando frequentando alguns desses esquentas nessas semanas de frio, e me surpreendi em um que fui sábado na casa de um grande amigo, peloe squenta em sí e pelas conversas que rolaram. Sabe aquele lugar que está perfeito? Que está quase todo mundo que você gosta de papear? E que ainda chegam algumas boas novas aquisições? Então, era lá mesmo que eu estava no sábado.
O papo da noite passeou por diversos assuntos e por diversos mundos, festas, trabalho, gente chata, gente legal, gente de um modo geral, moda, religião, música boa, mulheres, homens, sexo e tinha que acabar caindo no assunto padrão de ultimamente entre solteiros que eu conheço: relacionamentos. Num dado momento, onde a maioria já estava sem sapatos, com as pernas se esquentando em baixo de cobertores, uns deitados, uns encostados, uns deitados nos outros, uns encostados nos outros, uns bebendo pra esquentar e todos decididos a não sair dali, um amigo daqueles que é sempre o que arremata conversa, disse: "Nós não podemos sair de casa com a cabeça de que vamos conhecer alguém pra namorar. Namoro é igual amizade, acontece e tem que se deixar acontecer. Não saímos de casa com a cabeça de hoje-vou-conhecer-um-grande-amigo, então porque fazemos isso com namoros?".
Essa frase só não mexeu mais comigo, porque eu também acredito que não podemos saír com essa cabeça, mas esse papo de deixar acontecer como uma amizade, eu sinceramente nunca tinha pensado. Nós nunca acordamos e pensamos em conhecer melhores-amigos, eles simplesmente acontecem. Quando você olha pro lado ele tá lá, sem você perceber, sem pedir licença e sem dar a menor bola pro que você "acha da relação". Com namoros também tinhamos que pensar da mesma maneira. Uma boa reacão seja ela uma amizade ou um namoro, tem que simplesmente acontecer e tem que acontecer sem a gente esperar, bobamente e sem programação e tem que depender também de um pouquinho de sorte. Óbvio que não é ruim depender da sorte, pense em quantos amigos você não conheceu de jeitos estranhos, em situações estapafúrdias, apresentados por alguém que hoje já não faz mais parte do meio e que você só conheceu devido à sorte. Com namoros também pode ser assim.
Pensar em namoro como apenas mais um tipo dos tantos tipos de relacionamento que você tem só tira o peso da história. E pra variar tirar o peso é sempre bom, a gente deixa de encarar as coisas com pesar, se torna mais bonito, atraente e uma presença mais agradável. Vejo nisso um bom modo de enxergar as coisas, um modo de se manter aberto para a vida e para o que ela lhe oferece o tempo todo, tanto pra conhecer um grande amigo, quanto pra namorar.
5 comments:
Muito sensato, muito razoável e muito ponderado, rapazinho.
Agora, é só pôr em prática, né?
Adorei, super "up".
Beijos,
JU...
Tem tnta coisa da minha vida que você não sabe Doutor... e Ju, obrigado pelo razoável e senssato... é a nova linha que eu pretendo seguir! hehehehe
Ju,
pensando bem é verdade. Mas será porque namorado é só um e amigos não? Ou porque na amizade aceitamos as diferenças e defeitos mais facilmente, por isso temos vários amigos, e no namoro sempre procuramos a pessoa perfeita? E por que ninguem diz: Ai, tá encalhado hein, sem nenhum amigo. (!)
Acho que ja coloquei por ques demais.
Beijo.
Ju, q inferno!!! Há uma meia-hora que eu escrevi que estava saíndo, porque já estava há uma hora lendo seus textos. Q vício!
Bom, AMEI esse e já passei pra uma amiga q está precisando ler exatamente isso. Ela faz parte de um grupo meu de amigas economistas e outras associadas ao mundo financeiro que acham que podem escolher namorado como se estivéssem numa mesa de operações (naquelas aonde ficam meninos de coletinho de lã... credo). Você não tem noção, os tipos têm até nome específico: "esse, sim, é investment-portfolio"; "aquele ali é um mero day-trade"; ou, então, "o fulano de ontem era só um overnight".
Ok...agora eu vou mesmo!!!
ler todo o blog, muito bom
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