E então um dia você o acha! E ele está lá, lindo, branco, conservado, todo estiloso e com um piso de madeira, daquele de taquinho dos anos 60 de fazer inveja a muita mansão da vizinhança. Você de primeira não acredita, pensa que é mentira que finalmente alguma coisa que você gosta, cabe no seu orçamento. Mas é verdade e como num passe de mágica, tudo que conspirava contra até então, vai por um caminho sem buracos que culmina na entrega das chaves do seu apartamento perfeito.
A cerimônia de entrega das chaves da sua nova casa começa com você sozinho comendo uns polvilhos no chão sujo da sala, e termina com alguns amigos e familiares tomando coca light no mesmo chão sujo. A primeira faxina é nojenta, o primeiro banho é medonho, a primeira noite estranha, mas é tudo lindo, tudo poético, tudo solucionável.
Até que chega a hora de mudar de verdade e o seu primeiro final de semana se resume à uma arrumação que parece nunca mais ter fim. E não tem mesmo. Nessa hora, tudo que era lindo, poético e solucionável, vira pó. Literalmente.
Além disso, a quantidade de transeuntes dentro do seu lar é algo inimaginável. Tem o cara do fogão, os entregadores da geladeira, o pessoal que veio montar a cama, o homem do vidro, o maluco das chaves, o porteiro te explicando a política do prédio, a síndica, os vizinhos da frente com um bolo, a mãe empolgada, os amigos que passam pra "conhecer", o sobrinho, os irmãos, o cunhado e o pai instalando algumas coisas, entre outras milhares de pessoas.
É tanta gente, tanto barulho, tanta confusão e sujeira, que quando todo mundo vai embora, e você fica sozinho em casa o melhor que se tem a fazer é acender um cigarro, pegar uma latinha de qualquer coisa bem gelada, um resto de pão com alguma gororoba e sentar na frente da máquina de lavar pra assistir um ciclo completo. E essa com certeza será uma das melhores lembranças do dia que você foi morar sozinho. Você tomando a sua cerveja, fumando seu cigarro, comendo seu pão com gororoba e assistindo a sua máquina de lavar trabalhar na sua casa.
A cerimônia de entrega das chaves da sua nova casa começa com você sozinho comendo uns polvilhos no chão sujo da sala, e termina com alguns amigos e familiares tomando coca light no mesmo chão sujo. A primeira faxina é nojenta, o primeiro banho é medonho, a primeira noite estranha, mas é tudo lindo, tudo poético, tudo solucionável.
Até que chega a hora de mudar de verdade e o seu primeiro final de semana se resume à uma arrumação que parece nunca mais ter fim. E não tem mesmo. Nessa hora, tudo que era lindo, poético e solucionável, vira pó. Literalmente.
Além disso, a quantidade de transeuntes dentro do seu lar é algo inimaginável. Tem o cara do fogão, os entregadores da geladeira, o pessoal que veio montar a cama, o homem do vidro, o maluco das chaves, o porteiro te explicando a política do prédio, a síndica, os vizinhos da frente com um bolo, a mãe empolgada, os amigos que passam pra "conhecer", o sobrinho, os irmãos, o cunhado e o pai instalando algumas coisas, entre outras milhares de pessoas.
É tanta gente, tanto barulho, tanta confusão e sujeira, que quando todo mundo vai embora, e você fica sozinho em casa o melhor que se tem a fazer é acender um cigarro, pegar uma latinha de qualquer coisa bem gelada, um resto de pão com alguma gororoba e sentar na frente da máquina de lavar pra assistir um ciclo completo. E essa com certeza será uma das melhores lembranças do dia que você foi morar sozinho. Você tomando a sua cerveja, fumando seu cigarro, comendo seu pão com gororoba e assistindo a sua máquina de lavar trabalhar na sua casa.